quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Começando o dia

Hoje de manhã, como de costume, fui ao trabalho ouvindo meu mp3. Eis que começa uma música e mesmo já tendo ouvido trocentas vezes, eu a ouvi dessa vez com "outros ouvidos". Não pude deixar de sorrir e...bom, agora me deu vontade de colocar aqui. Tá, que dessa vez ninguém vai entender o recado, mas mesmo assim...vou postar. =D

Quanto amore sei

Fra di noi
c'è bisogno d'armonia
poi diventa facile
aiutarsi a vivere

Se fra noi
gli occhi si capiscono
già le nostre anime
viaggiano all'unisono

Ora tu, giovane amore mio
stammi bene accanto perché
questo è solo il punto di partenza
tutto il resto poi verrà da sé

Tu lo sai quello che spero io
è vederti sempre così
che bel viso hai, che bel sorriso
che bel movimento fai

Quanto amore sei
ci voglio credere
mi sa davvero che sei tu
la volta che non sbaglio più
quanto amore sei
può solo crescere
può fare un altro passo e sai perché
io sto con te, con il cuore sto con te

Sto con te
con il cuore sto con te
anche se la mente mia
ogni tanto scappa via

Sempre tu, giovane amore mio
vuoi sapere la verità
che mi basta già la tua presenza
che nel tempo mi dirà

Quanto amore sei
ci voglio credere
mi sa davvero che sei proprio tu
la volta che non sbaglio più
quanto amore sei
può solo crescere
può fare un altro passo e sai perché
io sto con te, con il cuore sto con te

Sto vedendo quanto amore sei
ci voglio credere
se stai pensando all'isola che c'è
io sto con te, con il cuore sto con te.

postado pela Má @ 10:50 PM  6 comentário(s)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

As três mosqueteiras e os cotovelos mudos

Se alguém me pedisse para citar algo sem o qual eu não vejo a minha vida hoje, certamente uma delas seriam as três mosqueteiras.
Esse o nome carinhoso que encontrei para definir minhas três irmãs. Na realidade, tenho só uma da qual até já falei aqui: a Didi. Essa é meu "norte". Mesmo sendo mais nova que eu, de uns tempos para cá as coisas se inverteram e agora sou eu que corro pedindo socorro pra ela. Um dia falo disso.
As outras duas são grandes velhas amigas. São duas mulheres que na realidade para mim são irmãs. Uma delas é a Li, um dia falo sobre ela melhor. A outra, é a tia Maria. Essa é uma figura e é sobre ela que eu vou falar um pouco. Isso porque na quarta da semana passada eu fui à casa dela e fiz mais um "outing".
Como era de se esperar, ela levou numa boa. Como era de se esperar de uma mosqueteira, ela teve a mesma reação da
Didi. Estávamos sentadas no sofá, contei pra ela (o jeito...deixamos pra lá), ela colocou a mão no meu joelho, olhou bem nos meus olhos e soltou:
- Má, você tá feliz?
- Muito tia Maria.
- Então, é isso que importa. Se é homem ou mulher...que importa?
Depois ela me deu conselhos super interessantes sobre a história do meu pai querer falar comigo. Sim, as três realmente me dão toques importantíssimos. Enfim, tenho uma baita sorte em ter três graaandes irmãs. =D

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E por falar em pessoas especiais...ontem fui visitar a
Kinha. Realmente a expressão "falar pelos cotovelos" deveria ser mais que uma expressão.
Eu queria mesmo que os cotovelos dela tivessem boquinhas! Isso me pouparia muuuitos "Fica quieta, Kinha!". Afinal, ela poderia usar as boquinhas dos cotovelos e assim, deixar a garganta em paz.
Mas apesar da missão super impossível de fazer ela não falar e por esse motivo ela ficar dizendo que eu a reprimia, ela está bem melhor. Mesmo ela continuando com a idéia de que morreria no dia anterior com a bolhinha de ar no soro. Segundo ela, era uma bolha imeeeensa! ô.o
Tá bom, Kinha. Tá bom... :P

postado pela Má @ 11:31 AM  12 comentário(s)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Conversa surpreendente

Ontem tive uma conversa que certamente, dentre todas as que já tive com ele, essa não esquecerei: saí do armário para meu tio.
Pelo título se tem a idéia de que ele caiu da cadeira ao ouvir eu dizer: Tio, eu gosto de mulher.
Negativo. Ele não caiu da cadeira. Como eu suspeitava, ele já sabia. A surpresa toda da conversa foi, na realidade, para mim.
Eu já tinha uma idéia de que ele sabia por causa de alguns comentários engraçados e brincadeiras que ele andou fazendo comigo nos últimos tempos. O gaydar dele realmente funciona. Sim, não sou a única na família.
Resolvi falar com ele desde que meu pai veio com a idéia estranha de querer ter uma conversa comigo. Daí, achei que era hora de conversar com meu tio e descobrir o lado da família em relação a esse assunto.
A conversa foi simplesmente deliciosa. Rimos muito. Eu ri muito. Descobri que minha família tem tantas sapas que logo dá para abrir uma filial d'O Brejo! rsrs
Ele me contou coisas sobre a vida dele que eu nunca soube e disse para mim exatamente aquilo que eu penso sobre o assunto: ninguém tem nada a ver com isso. Sua sexualidade é sua e de mais ninguém. Sua felicidade é sua e por isso, não tem que viver a vida dos outros.
É chover no molhado dizer que ouvi ele dizendo que o que importa é minha integridade e eu me respeitar e, que dessa forma todo mundo vai acabar me respeitando, assim como ele é respeitado dentro da família. Mas foi bom ouvir isso de alguém bem mais velho que eu e que vive no mesmo círculo de pessoas que eu.
O engraçado é que eu não precisei falar muito. Ele simplesmente falou exatamente como me sinto hoje e de como tudo que vivi antes foi somente para agradar aos meus pais. Me justifiquei dizendo que pelo menos eu descobri, tarde mas descobri. E depois morri de rir ao ouvir ele dizer: demorou pra cair a ficha, hein! (É, pelo jeito ele já tinha percebido qual era a minha bem antes de mim.)
Saí extremamente feliz da conversa. Pude finalmente dizer para mais uma pessoa que amo tanto (a primeira, pra quem não se lembra, foi a Didi, minha irmã) o quanto hoje eu sou feliz e segura de quem realmente eu sou. E ele vira e diz: mas a felicidade tá na sua cara! Até sua postura mudou. Dá pra ver que agora você é segura de si.
Pois é...em meio a uma conversa para eu descobrir os bastidores da família, acabei descobrindo mais uma vez o grande amigo que eu sempre tive no meu tio. Só que agora, muito mais segura nas nossas convesas. =D

postado pela Má @ 7:44 PM  9 comentário(s)

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Tirando o medo da frente

Não tenho, como de costume, trocentas coisas rodando dentro da minha cabeça. Agora elas se multiplicaram como um família de coelhos.
Mas como não posso postar tudo de uma vez, vou falar um pouco sobre os últimos dias. Já vou avisando que será pouco até porque continuo com a idéia de preservar as pessoas ao meu redor. Tá, continuo chata mesmo.
Vou tentar seguir uma ordem cronológica até para não confundir ninguém mais do que meu jeito de escrever confunda.
No Natal, caí na besteira, ou melhor na realidade respondi por impulso, à pergunta da minha mãe de a quantas anda meu coração. Ela pulou do sofá e queria detalhes. Imaginem a cena de nós duas correndo pela casa. Coloquei um ponto final na sessão interrogatório dizendo: você só queria saber se existia alguém. Eu respondi sim agora chega. Lógico que ela não iria parar, mas fui salva pela Didi, o namorado e meu pai chegando.
Obviamente ela não se contentou e resumo da história: meu pai me liga no dia 30, antes de viajar, para desejar Feliz Ano Novo e me diz que quer conversar comigo passada as festas. Sei que não vou sofrer nenhuma pressão, até porque ele falou rindo, para me deixar sem graça e gaguejando mesmo. :P
Também no Natal, contei para meu cunhado sobre eu ser lésbica. Ele achou o máximo eu confiar para ele algo tão íntimo e que nem minha família sabe. De quebra, já contei os últimos acontecimentos pra ele, ajudada pela Didi que já sabe de tudo e sempre está torcendo por mim. Tudo bem que ela aproveitou o momento para "descer a lenha" em mim. Dizendo que antes de eu realmente descobrir quem eu sou, eu era extremamente mal-humorada. Mas acho legal isso, porque sei que é uma coisa que meus pais também notaram, apesar de não saber o porque da minha mudança radical de humor.
O Reveillon foi maravilhoso. Passei com grandes amigas, que apesar de conhecer há pouco tempo, tenho um carinho imensurável por elas. Inclusive, elas até merecem que eu fale um pouquinho mais delas então, vamos lá. Sabe aquele tipo de pessoa que você sente que foi previlegiada por conhecer? Elas são do tipo de pessoa que se leva um tombo, levanta, respira fundo, sorri e sabe que é só continuar porque as coisas vão acabar bem. Quer companhia melhor para começar um novo ano?
Eu confesso que faltou gente, mas nem por isso, deixei de abraçar e beijar em pensamento. =D
Para finalizar, a frase da semana. Saí com minha amiga Gró (longa história o apelido, mas vai esse mesmo) na quinta passada. E como ela sabe tudo e mais um pouco sobre mim, lá veio ela puxando minha orelha com a seguinte frase, ou melhor pergunta: e aí mocinha, resolveu tirar os pés do chão? Respondi a ela que estou me esforçando e óbvio que ela me disse algumas coisas que eu precisava ouvir. Depois enquanto fazia uma caminhada, pensei sobre isso e decidi que sim, tenho que aprender a tirar o pé no chão.
Sendo assim, quando encontrar a Gró na sexta, tenho que avisá-la que tirei mesmo os pés do chão. Foi em forma de palavras, mas acho que fiz bem. Afinal, ganhei um sorriso em troca. :)
É...o ano promete.

postado pela Má @ 9:07 PM  8 comentário(s)